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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Namoro na escola , Pode?

Qual foi o adolescente que nunca paquerou uma colega do colégio da sala de aula? Pais, professores e os próprios alunos concordam que é nessa idade que eles estão se conhecendo e começam a surgir os primeiros abraços e os beijinhos. É quando o namoro é dentro da escola, há regras a seguir.

Eles andam em grupo, estão sempre juntos. Cada vez que se encontram, se abraçam como se não se vissem há muito tempo. O afeto, às vezes, parece exagerado, mas é assim mesmo. É o jeito natural da adolescência.

É nessa idade, em que meninos e meninas começam a conhecer uns aos outros, são inevitáveis os abraços, os beijinhos, o namoro. É saudável, até. Mas o que fazer quando o casal de namorados cruza os portões do colégio.

Em um colégio público do Rio, a regra é a liberdade com responsabilidade. Pode namorar, sim. Até dar uns beijinhos. Mas é o que todos chamam de “namoro social”.

“Andar de mãos dadas, abraçadinhos, na hora do recreio, no pátio é permitido. O namoro social é permitido. O namoro mais comprometedor tem que ser na casa deles. Namorar normal, nós não proibimos. Acho que nem deve. Devemos conscientizar os alunos o que eles podem e o que eles não podem fazer”, observa Georgina Fagundes, diretora do colégio.

“Tem hora para tudo no colégio: tem hora namorar, tem hora para estudar, tem hora para brincar, tem hora para falar sério. Isso acontece em todo o lugar, até porque a escola não é só para a gente estudar. Ela prepara a gente para o futuro, para o mercado de trabalho mesmo”, comenta um jovem.

Em geral, os estudantes concordam com a regra, mas sempre há quem queira mais. “Libera geral!”, defende um aluno. Liberar Geral? Na escola? Como assim? “Passou dos portões da escola, está liberado o namoro social: um beijinho aqui, um beijinho ali. Isso não tem nada a ver”, explica o aluno.

“Nas horas vagas, no recreio, pode dar um beijo na boca sim”, comenta outro jovem.

Para a maioria, a regra não é difícil de aceitar. “Escola não é lugar de namorar. A gente vem para a escola para estudar. Não acho certo isso”, comenta um estudante.

“Se o namoro for dentro da sala, os dois da mesma turma, você vai estar namorando, mas não vai prestar atenção na aula. Se for da turma diferente, não dá certo namorar na escola, porque você vai ficar ansioso para chegar a hora do recreio ou a hora da saída para se encontrar com a pessoa”, comenta uma aluna.

Em uma outra escola, com alunos do Ensino Fundamental ao vestibular e de base religiosa, as regras do namoro mudam um pouco.

“No nosso colégio, o beijo não é permitido. A gente estabelece normas. Eu acredito que os alunos entendam. É possível ficar próximo, de mão dada, eventualmente acontece um selinho, mas fica só nisso”, afirma a pedagoga Monica Revesz.

“Tem que respeitar as regras. Se é regra, ela tem que ser respeitada”, concorda um jovem.

E driblar as normas? Bom, quando ninguém está olhando...

“Você olha para o lado, não vê ninguém, você dá um beijo, um abraço. Mas, de repente, do nada, aparece o inspetor e corta o barato. Ele acaba com tudo”, comenta um aluno.

“Você está todo estressado com a aula, prestando atenção, cansado. Quando dá o recreio, você quer ficar tranqüilo. Você podia ficar com ela, curtindo numa boa. Mas aí tem o inspetor...”, lamenta um outro jovem.

“É saudável que o jovem bule e que caiba ao adulto o limite”, defende a pedagoga Monica Revesz.

Em qualquer escola, a conversa com a direção, com as orientadoras e com os próprios colegas de turma sempre acaba funcionando mais que uma simples proibição.

“Tudo que é imposto não é legal. Eu acho que tudo o que você leva para o lado da conversa, você faz a pessoa entender e ela começa a respeitar”, opina uma jovem.

“Você pode até contrariar, mas depois você vê que a pessoa foi bacana comigo, e aí eu passo a respeitar ela”, completa um outro aluno.

Educadoras e alunos concordam que é preciso, sim, ter limites. “O colégio é um local para a pessoa fazer o aspecto social, se conhecer, mas em termos de amizade. Namoro não é adequado em um colégio. Não é o local”, defende a pedagoga Monica Revesz.

No fim das contas, mesmo quando não concordam com uma ou outra norma da escola, os adolescentes sabem que respeitar parâmetros é fundamental para o futuro.

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